Os militares tomaram o
poder em 1964, quando os ideais comunistas já estavam suficientemente
avançados no país para propiciar a transformação do Brasil numa nova
Cuba, inclusive o então Presidente, João Goulart, era bem afeito ao
comunismo, ligado ao PCB e ao PSB, já havendo entre nós diversos grupos
de esquerda partidários da “luta armada”. Mas o curioso é que o
recrudescimento da ditadura aconteceu de modo gradual, à proporção que
os grupos guerrilheiros intensificavam suas ações terroristas e
subversivas, introduzindo e desenvolvendo no Brasil modalidades
criminosas como explosão de bombas (principalmente contra prédios
públicos), assaltos a bancos, carros-fortes e supermercados, seqüestros,
julgamentos e execuções sumários — chamados de “justiçamentos”.
Veja-se que o Ato Institucional n. 5, o
temido AI-5, só foi baixado em dezembro de 1968, portanto, quase 5
(cinco) anos após o início do regime. Os Destacamentos de Operação e
Informação (DOI/CODI), órgãos centralizadores das investigações e da
luta contra-revolucionária, só foram criados no início da década de
1970, após inúmeros atentados praticados pela esquerda, que avançava
rapidamente, graças às técnicas guerrilheiras aprendidas em Cuba, e
sintetizadas por Marighella em seu violentíssimo Minimanual do
Guerrilheiro Urbano. Antes, a descentralização dificultava a obtenção e o
processamento das informações pelos órgãos de segurança, comprometendo a
eficiência da luta contra o terrorismo.
Não dava para combater a guerrilha
deixando tudo como era antes, todo mundo podendo dizer e fazer o que bem
entendesse. Os guerrilheiros eram terroristas que se infiltravam na
sociedade, camuflavam-se de cidadãos comuns, professores, estudantes,
médicos, advogados, jornalistas etc. Eles não usavam farda, agiam na
clandestinidade, difundiam a subversão — no sentido soviético da palavra
—, praticavam panfletagem armada, lançando manifestos ao ar durante os
atos de terrorismo, mas sempre tiveram a simpatia de setores da mídia,
das artes e da educação, porque os “quadros” (componentes dos grupos
guerrilheiros) eram “jovens inocentes e indefesos lutando contra a
ditadura”.
De qualquer modo, comparado com as
ditaduras comunistas do mundo todo e as de direita implantadas na
América do Sul, o regime militar instalado no Brasil entre 1964 e 1984
foi o mais brando de todos:
I) ainda que sob censura, havia no país
diversos jornais e revistas particulares em funcionamento, enquanto nos
países comunistas a imprensa era/é estatal, como ocorre em Cuba (onde só
circula o jornal Granma), na China, na Rússia e no leste europeu
(países em que até a pregação do Evangelho de Jesus Cristo era/é
proibida);
II) os brasileiros não foram proibidos de
exercer sua liberdade de culto religioso, não havendo interferência
estatal nos ritos católicos, protestantes, umbandistas, espíritas,
budistas etc., ao contrário do que houve nas ditaduras comunistas, para
as quais, por influência de Marx, “a religião é o ópio do povo”;
III) não houve perseguição por causa de
“opção sexual”. Isso não ocorreu durante a ditadura militar brasileira.
Casos de preconceito contra gays, negros, pobres e nordestinos sempre
existiram no Brasil, não se podendo dizer que os militares os tenham
incentivado. Pelo que sei, à exceção dos homossexuais, que não são,
mesmo, aceitos pelas corporações militares, as Forças Armadas são a mais
heterogênea e democrática instituição do Brasil, pois, os “milicos”
foram os primeiros a aceitar lideranças de todas as etnias, regiões
geográficas, religiões e classes sociais, não havendo qualquer distinção
interna quanto a esse aspecto. Tanto que, entre os generais que
comandaram o regime militar, houve mulatos, brancos, pardos,
nordestinos, sulistas, católicos, protestantes, descendentes de
europeus, de índios, originários de famílias ricas e tradicionais, e
outros de classe média e de famílias pobres. Nas Forças Armadas
prevalece a regra do mérito pessoal.
IV) a ação do militares brasileiros foi
focada no combate aos guerrilheiros e terroristas, sendo raríssimos os
casos de civis inocentes mortos pela ditadura. Foram mortos
aproximadamente 300 (trezentos) guerrilheiros/terroristas —
comprovadamente envolvidos com os movimentos armados — e muitos presos
políticos foram banidos (portanto, permaneceram vivos), anistiados,
absolvidos e os que eram considerados menos perigosos foram devolvidos a
seus familiares, principalmente as jovens guerrilheiras, que eram
aliciadas pelos subversivos ainda com 17/18 anos de idade. De modo
contrário, os comunas “tocaram o horror”: China (65 milhões de mortos);
União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2
milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e
Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu
(1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru);
movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10
mil). E mais: só em Cuba foram mortos 15.000 civis desarmados, sendo 600
só nos primeiros 5 meses de regime comunista, tendo sido exilados mais
de 2.000.000 (dois milhões) de pessoas;
V) bem ou mal, durante a ditadura militar
havia pluripartidarismo no Brasil, ao passo que nos países comunistas
só existia/existe um partido: o Comunista;
VI) os militares brasileiros só ficaram
no poder por 20 (vinte) anos, diferentemente de Rússia, Cuba, China,
Coréia do Norte e outros, cujas ditaduras duraram/duram mais de 50
(cinqüenta) anos;
VII) no Brasil, a abertura política foi
promovida pelos próprios ditadores, sendo que, desde o fim da década de
1970, os militares começaram a efetivar a transição para o regime dito
“democrático”, oportunidade em que houve a anistia de presos políticos,
com seu retorno do exílio, a proliferação de sindicatos e
criação/recriação de partidos de esquerda, como o PT e outros. Os
“milicos” promoveram a abertura porque quiseram, pois quem tem as armas
dita as regras. Nesse ponto, lembro-me de um tio meu, coronel reformado
do Exército, o qual costuma dizer que os militares não queriam continuar
no poder, que eles são doutrinados no sentido de que o governo civil
pertence aos civis e as armas, aos militares.
Desse modo, penso que as tais
“liberdades” de que desfrutamos hoje são resultado da luta que os
“ditadores militares” travaram no passado contra os
guerrilheiros/terroristas da esquerda “revolucionária”, pois, se não
fosse a “repressão” ter combatido e vencido os subversivos, hoje haveria
no Brasil uma ditadura comunista, dessas que duram 60/70 anos e proíbem
todo tipo de liberdade: política, religiosa, econômica, de expressão
etc. Foi necessário amarrar e amordaçar o cachorro raivoso, para poder
tratá-lo e, depois, devolver-lhe a liberdade.
O que houve no Brasil foi uma “guerra
civil”, idealizada pelos soviéticos, organizada pelos cubanos e
efetivada por brasileiros, que, ao final, foram os que perderam suas
vidas, muitos jovens iludidos e fanatizados, influenciados por
sanguinários como Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Joaquim Câmara
Ferreira, Che Guevara, Fidel Castro, Vladimir Lenin, Joseph Stalin, Mao
Tse-Tung, Pol Pot etc
Especificamente quanto a Lenin, sua
ideologia de luta armada não difere em nada das dos demais “camaradas”,
pois foi ele, juntamente com Stalin, quem inaugurou o “Terror Vermelho”,
política sistemática de terror contra os “inimigos” do novo governo,
publicada oficialmente no Krasnaya Gazeta de 01.09.1918 e posta
imediatamente em prática, torturando, espancando, mutilando e
assassinando os “suspeitos” de oposição ao regime bolchevique.
Veja-se o que diz a revista Grandes
líderes da história: maiores ditadores (São Paulo: Arte Antiga Editora,
p. 18) sobre o “Terror Vermelho” de Lenin: “Alguns eram fuzilados,
outros, afogados, enterrados vivos ou retalhados por espadas.
Geralmente, as vítimas tinham de cavar sua própria sepultura”.
(Grifei).
Sobre Cuba, cito o seguinte excerto (extraído de http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=politica&artigo=Cuba〈=bra) :
”A economia socialista nunca funcionou
bem em Cuba (aliás, em nenhum lugar do mundo deu resultado), já que
sempre precisou do auxílio da antiga URSS, com a qual trocava petróleo
por cana-de-açúcar, realizando um dos melhores négocios do mundo.
Cuba sempre foi sustentada
artificialmente pelo bloco soviético. Mas, agora que a ‘mesada’ de
Moscou acabou, o ditador foi obrigado a promover reformas capitalistas
para sobreviver. Os dados sociais sempre foram ‘maquiados’, nunca
correspondendo à realidade das coisas.
Segundo dados do governo cubano (que não
são muito dignos de confiança), a mortalidade infantil de Cuba é uma das
menores do mundo. Entretanto, esses dados perdem a consistência quando
se analisa a taxa de abortos na ilha. É comum as mulheres fazerem 4 ou 5
abortos antes de terem o primeiro filho. O Estado dá todas as condições
para as mulheres praticarem o assassinato intra-uterino, já que o
aborto é legalizado.
Em Cuba existem duas classes sociais: a
de Fidel e seus asseclas, e a do resto da população. A primeira vive
muito bem, usufruindo de todos os bens de consumo que o dólar pode
comprar (Fidel Castro anda de carro Mercedes-Benz, possui mordomo e
adora lagostas).
A segunda é obrigada, por exemplo, a
contentar-se com: ½ Kg de carne de porco misturada com soja a cada 15
dias; ½ Kg de carne de vaca e um sabão em pedra a cada 2 meses; 1 par de
sapatos a cada 6 meses.
Os salários, apenas para exemplificar: um
engenheiro ganha US$ 40, um jornalista US$ 30 e uma faxineira US$ 5
(não deveriam ganhar a mesma coisa?). Para efeito de comparação, uma
refeição nos restaurantes (“paladares”) custa em torno de US$ 20.
Taxistas, porteiros e carregadores de hotéis 5 estrelas, prostitutas
(Cuba é um dos destinos preferidos do chamado “turismo sexual”) são os
que ganham mais, pois recebem gorjetas em dólares. A maioria das
pessoas, para não passar fome, faz “bicos” ou trabalha no mercado
negro”.
Só para registrar, antes de Fidel, Cuba
possuía a 3ª (terceira) renda per capita da América Latina, hoje, a 15ª
(décima quinta). Ademais, lembro-me de uma reportagem feita em Cuba, com
a qual fiquei horrorizado, principalmente no momento em que uma
professora, com nível superior e tudo, afirmava que, após o expediente
escolar, era necessário prostituir-se para ajudar o marido na manutenção
da família.
Sucede, no entanto, que não é
“politicamente correto” falar dessas coisas no Brasil do Lula, da Dilma e
do PT, no país das maravilhas do “faz de conta”.
Kristhian Heluy Gomes*
* Bacharel em Direito pela Universidade
Federal do Maranhão, servidor público estadual, cristão, brasileiro,
maranhense, desconhecido, filho de desconhecidos, “sem parentes
importantes”, morador de favela, ficando velho e cansado das mentiras
que assolam este “Brasil: um país de todos” (!?!?!?!).
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