domingo, 17 de fevereiro de 2013

Os militares tomaram o poder em 1964 e poderia tomar 2014.

Os militares tomaram o poder em 1964, quando os ideais comunistas já estavam suficientemente avançados no país para propiciar a transformação do Brasil numa nova Cuba, inclusive o então Presidente, João Goulart, era bem afeito ao comunismo, ligado ao PCB e ao PSB, já havendo entre nós diversos grupos de esquerda partidários da “luta armada”. Mas o curioso é que o recrudescimento da ditadura aconteceu de modo gradual, à proporção que os grupos guerrilheiros intensificavam suas ações terroristas e subversivas, introduzindo e desenvolvendo no Brasil modalidades criminosas como explosão de bombas (principalmente contra prédios públicos), assaltos a bancos, carros-fortes e supermercados, seqüestros, julgamentos e execuções sumários — chamados de “justiçamentos”. 
Veja-se que o Ato Institucional n. 5, o temido AI-5, só foi baixado em dezembro de 1968, portanto, quase 5 (cinco) anos após o início do regime. Os Destacamentos de Operação e Informação (DOI/CODI), órgãos centralizadores das investigações e da luta contra-revolucionária, só foram criados no início da década de 1970, após inúmeros atentados praticados pela esquerda, que avançava rapidamente, graças às técnicas guerrilheiras aprendidas em Cuba, e sintetizadas por Marighella em seu violentíssimo Minimanual do Guerrilheiro Urbano. Antes, a descentralização dificultava a obtenção e o processamento das informações pelos órgãos de segurança, comprometendo a eficiência da luta contra o terrorismo. 
Não dava para combater a guerrilha deixando tudo como era antes, todo mundo podendo dizer e fazer o que bem entendesse. Os guerrilheiros eram terroristas que se infiltravam na sociedade, camuflavam-se de cidadãos comuns, professores, estudantes, médicos, advogados, jornalistas etc. Eles não usavam farda, agiam na clandestinidade, difundiam a subversão — no sentido soviético da palavra —, praticavam panfletagem armada, lançando manifestos ao ar durante os atos de terrorismo, mas sempre tiveram a simpatia de setores da mídia, das artes e da educação, porque os “quadros” (componentes dos grupos guerrilheiros) eram “jovens inocentes e indefesos lutando contra a ditadura”. 
De qualquer modo, comparado com as ditaduras comunistas do mundo todo e as de direita implantadas na América do Sul, o regime militar instalado no Brasil entre 1964 e 1984 foi o mais brando de todos: 
I) ainda que sob censura, havia no país diversos jornais e revistas particulares em funcionamento, enquanto nos países comunistas a imprensa era/é estatal, como ocorre em Cuba (onde só circula o jornal Granma), na China, na Rússia e no leste europeu (países em que até a pregação do Evangelho de Jesus Cristo era/é proibida); 
II) os brasileiros não foram proibidos de exercer sua liberdade de culto religioso, não havendo interferência estatal nos ritos católicos, protestantes, umbandistas, espíritas, budistas etc., ao contrário do que houve nas ditaduras comunistas, para as quais, por influência de Marx, “a religião é o ópio do povo”;  
III) não houve perseguição por causa de “opção sexual”. Isso não ocorreu durante a ditadura militar brasileira. Casos de preconceito contra gays, negros, pobres e nordestinos sempre existiram no Brasil, não se podendo dizer que os militares os tenham incentivado. Pelo que sei, à exceção dos homossexuais, que não são, mesmo, aceitos pelas corporações militares, as Forças Armadas são a mais heterogênea e democrática instituição do Brasil, pois, os “milicos” foram os primeiros a aceitar lideranças de todas as etnias, regiões geográficas, religiões e classes sociais, não havendo qualquer distinção interna quanto a esse aspecto. Tanto que, entre os generais que comandaram o regime militar, houve mulatos, brancos, pardos, nordestinos, sulistas, católicos, protestantes, descendentes de europeus, de índios, originários de famílias ricas e tradicionais, e outros de classe média e de famílias pobres. Nas Forças Armadas prevalece a regra do mérito pessoal. 
IV) a ação do militares brasileiros foi focada no combate aos guerrilheiros e terroristas, sendo raríssimos os casos de civis inocentes mortos pela ditadura. Foram mortos aproximadamente 300 (trezentos) guerrilheiros/terroristas — comprovadamente envolvidos com os movimentos armados — e muitos presos políticos foram banidos (portanto, permaneceram vivos), anistiados, absolvidos e os que eram considerados menos perigosos foram devolvidos a seus familiares, principalmente as jovens guerrilheiras, que eram aliciadas pelos subversivos ainda com 17/18 anos de idade. De modo contrário, os comunas “tocaram o horror”: China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2 milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu (1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil). E mais: só em Cuba foram mortos 15.000 civis desarmados, sendo 600 só nos primeiros 5 meses de regime comunista, tendo sido exilados mais de 2.000.000 (dois milhões) de pessoas; 
V) bem ou mal, durante a ditadura militar havia pluripartidarismo no Brasil, ao passo que nos países comunistas só existia/existe um partido: o Comunista; 
VI) os militares brasileiros só ficaram no poder por 20 (vinte) anos, diferentemente de Rússia, Cuba, China, Coréia do Norte e outros, cujas ditaduras duraram/duram mais de 50 (cinqüenta) anos; 
VII) no Brasil, a abertura política foi promovida pelos próprios ditadores, sendo que, desde o fim da década de 1970, os militares começaram a efetivar a transição para o regime dito “democrático”, oportunidade em que houve a anistia de presos políticos, com seu retorno do exílio, a proliferação de sindicatos e criação/recriação de partidos de esquerda, como o PT e outros. Os “milicos” promoveram a abertura porque quiseram, pois quem tem as armas dita as regras. Nesse ponto, lembro-me de um tio meu, coronel reformado do Exército, o qual costuma dizer que os militares não queriam continuar no poder, que eles são doutrinados no sentido de que o governo civil pertence aos civis e as armas, aos militares. 
Desse modo, penso que as tais “liberdades” de que desfrutamos hoje são resultado da luta que os “ditadores militares” travaram no passado contra os guerrilheiros/terroristas da esquerda “revolucionária”, pois, se não fosse a “repressão” ter combatido e vencido os subversivos, hoje haveria no Brasil uma ditadura comunista, dessas que duram 60/70 anos e proíbem todo tipo de liberdade: política, religiosa, econômica, de expressão etc. Foi necessário amarrar e amordaçar o cachorro raivoso, para poder tratá-lo e, depois, devolver-lhe a liberdade. 
O que houve no Brasil foi uma “guerra civil”, idealizada pelos soviéticos, organizada pelos cubanos e efetivada por brasileiros, que, ao final, foram os que perderam suas vidas, muitos jovens iludidos e fanatizados, influenciados por sanguinários como Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Joaquim Câmara Ferreira, Che Guevara, Fidel Castro, Vladimir Lenin, Joseph Stalin, Mao Tse-Tung, Pol Pot etc 
Especificamente quanto a Lenin, sua ideologia de luta armada não difere em nada das dos demais “camaradas”, pois foi ele, juntamente com Stalin, quem inaugurou o “Terror Vermelho”, política sistemática de terror contra os “inimigos” do novo governo, publicada oficialmente no Krasnaya Gazeta de 01.09.1918 e posta imediatamente em prática, torturando, espancando, mutilando e assassinando os “suspeitos” de oposição ao regime bolchevique. 
Veja-se o que diz a revista Grandes líderes da história: maiores ditadores (São Paulo: Arte Antiga Editora, p. 18) sobre o “Terror Vermelho” de Lenin: “Alguns eram fuzilados, outros, afogados, enterrados vivos ou retalhados por espadas. Geralmente, as vítimas tinham de cavar sua própria sepultura”. (Grifei). 
 ”A economia socialista nunca funcionou bem em Cuba (aliás, em nenhum lugar do mundo deu resultado), já que sempre precisou do auxílio da antiga URSS, com a qual trocava petróleo por cana-de-açúcar, realizando um dos melhores négocios do mundo. 
Cuba sempre foi sustentada artificialmente pelo bloco soviético. Mas, agora que a ‘mesada’ de Moscou acabou, o ditador foi obrigado a promover reformas capitalistas para sobreviver. Os dados sociais sempre foram ‘maquiados’, nunca correspondendo à realidade das coisas. 
Segundo dados do governo cubano (que não são muito dignos de confiança), a mortalidade infantil de Cuba é uma das menores do mundo. Entretanto, esses dados perdem a consistência quando se analisa a taxa de abortos na ilha. É comum as mulheres fazerem 4 ou 5 abortos antes de terem o primeiro filho. O Estado dá todas as condições para as mulheres praticarem o assassinato intra-uterino, já que o aborto é legalizado. 
Em Cuba existem duas classes sociais: a de Fidel e seus asseclas, e a do resto da população. A primeira vive muito bem, usufruindo de todos os bens de consumo que o dólar pode comprar (Fidel Castro anda de carro Mercedes-Benz, possui mordomo e adora lagostas). 
A segunda é obrigada, por exemplo, a contentar-se com: ½ Kg de carne de porco misturada com soja a cada 15 dias; ½ Kg de carne de vaca e um sabão em pedra a cada 2 meses; 1 par de sapatos a cada 6 meses. 
Os salários, apenas para exemplificar: um engenheiro ganha US$ 40, um jornalista US$ 30 e uma faxineira US$ 5 (não deveriam ganhar a mesma coisa?). Para efeito de comparação, uma refeição nos restaurantes (“paladares”) custa em torno de US$ 20. Taxistas, porteiros e carregadores de hotéis 5 estrelas, prostitutas (Cuba é um dos destinos preferidos do chamado “turismo sexual”) são os que ganham mais, pois recebem gorjetas em dólares. A maioria das pessoas, para não passar fome, faz “bicos” ou trabalha no mercado negro”. 
Só para registrar, antes de Fidel, Cuba possuía a 3ª (terceira) renda per capita da América Latina, hoje, a 15ª (décima quinta). Ademais, lembro-me de uma reportagem feita em Cuba, com a qual fiquei horrorizado, principalmente no momento em que uma professora, com nível superior e tudo, afirmava que, após o expediente escolar, era necessário prostituir-se para ajudar o marido na manutenção da família. 
Sucede, no entanto, que não é “politicamente correto” falar dessas coisas no Brasil do Lula, da Dilma e do PT, no país das maravilhas do “faz de conta”. 
Kristhian Heluy Gomes*
 * Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, servidor público estadual, cristão, brasileiro, maranhense, desconhecido, filho de desconhecidos, “sem parentes importantes”, morador de favela, ficando velho e cansado das mentiras que assolam este “Brasil: um país de todos” (!?!?!?!).

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