Denúncias contra Renan vão ser arquivadas, avisa Jucá
DESTAQUES EM POLÍTICA
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Estadão Conteúdo -
11 horas atrás
Os aliados do senador
Renan Calheiros (PMDB-AL) estão decididos a passar o rolo compressor sobre
eventuais pedidos de investigação contra o novo presidente do Senado. A
estratégia é arquivar sumariamente qualquer representação que venha a ser
apresentada ao Conselho de Ética para apurar denúncia de que o peemedebista não
tinha, em 2007, patrimônio suficiente para justificar os gastos com despesas
pessoais decorrentes de um relacionamento extraconjugal.
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"Vamos arquivar", disse
ontem o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Na época do escândalo, Renan foi acusado
de ter esses gastos bancados por lobista de uma empreiteira e acabou
renunciando à presidência do Senado para escapar de ter o mandato cassado.
"Não adianta ficar remoendo o passado. Isso é matéria vencida e discutida
no Senado", emendou Jucá.
Ele argumentou que Renan já foi
absolvido pelas urnas ao se reeleger para o Senado em 2010. "Renan não
pode ser presidente condenado, mas investigado não tem problema", disse
Jucá, destacando que o próprio procurador-geral da República, Roberto Gurgel, é
alvo de pedido de investigação no Senado.
É com base no argumento de que
Renan já foi alvo de investigação da denúncia apresentada por Gurgel ao Supremo
Tribunal Federal que seus correligionários planejam arquivar qualquer pedido de
apuração no Conselho de Ética. A estratégia é pôr no comando do Conselho um
peemedebista aliado de Renan. Até agora, nenhum partido anunciou a apresentação
de representação contra Renan. O PSOL só irá se posicionar sobre o assunto
depois do carnaval.
A apresentação de pedido de
investigação contra Renan é um dos temores de seus colegas de Senado. A
avaliação é que o caos será instalado na Casa, caso isso venha a ocorrer. A
preocupação cresceu depois que o procurador-geral da República apresentou, há
uma semana, denúncia contra o peemedebista no Supremo.
Gurgel sustenta que Renan não tinha
patrimônio suficiente para justificar os gastos com despesas pessoais
decorrentes do relacionamento extraconjugal que o fez renunciar à presidência
do Senado.
Confiante
O senador do PMDB não quis comentar nesta sexta-feira
a divulgação pela revista Época do conteúdo da denúncia criminal apresentada
pelo procurador-geral. "Estou confiante, não vi a reportagem." Em
2007, o parlamentar apresentou notas fiscais para comprovar que o dinheiro
obtido com venda de gado bancou os gastos com o relacionamento extraconjugal. A
Procuradoria-Geral da República considerou, no entanto, que as notas eram
"frias". Se a denúncia criminal for aceita pelo Supremo, Renan passará
da condição de investigado para a de réu. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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